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Além da Coronavac: BDRs de biotecnologia podem subir 30% (e em dólar); veja as 2 favoritas

10 jun 2021, 17:00 - atualizado em 10 jun 2021, 17:00
Biomarin estreia na Nasdaq
Quase ficção científica: listada na Nasdaq há um ano, BioMarin desenvolve moléculas para tratar doenças raras (Imagem: LinkedIn/ BioMarin)

Preocupados com a segunda onda da pandemia de coronavírus e as dúvidas sobre se uma terceira já se aproxima, é fácil esquecermos que os laboratórios não produzem apenas vacinas contra a Covid-19 – além, claro, da cloroquina…

Mas, quando se olha o quadro geral, é possível encontrar empresas de biotecnologia que atuam na fronteira do conhecimento, desenvolvendo tratamentos para inúmeras doenças. E, o mais importante: algumas ações do setor apresentam um elevado potencial de alta neste ano.

É o que afirmam Luís Azevedo, Cauê Pinheiro e Sílvio Dória, que assinam um relatório do Banco Safra sobre BDRs (Brazilian Depositary Receipts) de empresas do ramo.

Ações defensivas

“A indústria de biotecnologia é uma indústria historicamente defensiva, tem desenvolvido e comercializado muitas terapias inovadoras nos últimos anos, o que acreditamos dar suporte para o crescimento de receita no curto e longo prazo”, explicam.

O trio acrescenta que o ambiente é favorável a fusões e aquisições no setor, já que seu nível de endividamento “é baixo quando comparado com níveis históricos, enquanto a pandemia elevou a contribuição da indústria de biotecnologia para a máxima histórica, o que nos leva a acreditar num ambiente favorável para esse tipo de operação.”

Para quem deseja diversificar e investir nesse mercado, o Safra sugere duas BDRs que podem subir cerca de 30% neste ano – em dólar. Veja, a seguir, os papéis indicados pelo banco.

Empresa Código Preço-alvo (US$) Alta potencial (%)*
BioMarin B1MR34 108,5 29,5
Vertex VRTX34 284,7 31
*sobre o último fechamento

BioMarin

A BioMarin (B1MR34) desenvolve medicamentos para doenças raras e condições médicas graves. Segundo os analistas, há boas oportunidades comerciais para os produtos que já se encontram em estágio clínico avançado.

“As expectativas são subestimadas pelo mercado, especialmente devido à proficiência da empresa na comercialização e desenvolvimento de tratamentos para doenças raras, além de oferecerem boas oportunidades de crescimento”, afirmam.

Uma das maiores apostas da companhia é o Roctavian, para tratamento de hemofilia A grave. O Safra lembra que o medicamento sofreu recentemente um “revés regulatório”, mas adverte que ele ainda está no jogo. “O preço a que a B1MR34 tem sido negociada recentemente sugere que os investidores atribuem pouco valor à Roctavian, o que consideramos um erro”, dizem os analistas.

Vertex Pharmaceuticals

A Vertex (VRTX34) desenvolve algo que pode soar como ficção científica: terapias de pequenas moléculas para o tratamento de uma ampla gama de doenças, incluindo fibrose cística e condições inflamatórias.

“Vemos um potencial subestimado nos programas clínicos de estágio inicial a intermediário da Vertex, sem contar os projetos sobre a fibrose cística”, explicam os analistas.

O trio aponta, ainda, que “a forte confiança do paciente nos medicamentos de fibrose cística da VRTX e a competição limitada com a franquia apoiam esforços de pesquisa e desenvolvimento de outros segmentos, lucratividade crescente de longo prazo e forte fluxo de caixa livre.”

O destaque deste ano deve ser o Trikafta, para o tratamento de fibrose cística. Segundo o Safra, é provável que as vendas superem as expectativas, à medida que a Vertex amplie os acordos de reembolso fora dos EUA e expanda a população tratável. Nos EUA, por exemplo, o FDA deve aprovar o uso do medicamento em crianças pré-adolescentes.

Para o médio prazo, a aposta do Safra é a droga CTX001, que pode representar a cura da doença falciforme.

 

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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