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Ambev (ABEV3): Bradesco BBI vê falta de catalizadores e rebaixa ação

03 ago 2024, 15:03 - atualizado em 02 ago 2024, 19:04
ambev abev3
(Imagem: Kaype Abreu/Money Times)

O Bradesco BBI rebaixou a recomendação para as ações da Ambev (ABEV3), de compra para neutra, com preço-alvo de R$ 13 ao final de 2025, implicando um múltiplo P/L esperado para 2024 e 2025 de 13,7x e 13,0x. As ações são negociadas hoje na faixa dos R$ 11,87.

“Vemos o potencial de crescimento como limitado, em meio aos riscos de que a indústria brasileira de cerveja possa desacelerar e o ambiente competitivo permaneça acirrado”, resumiram os analistas Henrique Brustolin e Ricardo França, que assinam o relatório disponibilizado pela Ágora.

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Para eles, acelerar o pagamento de dividendos é agora uma opcionalidade importante – o que, disseram, ajudaria a criar uma melhor relação risco-retorno para as ações. “Mas, sem visibilidade sobre sua materialização e com direcionadores de crescimento incertos, ainda vemos os gatilhos para uma reclassificação dos múltiplos como limitados”, afirmaram.

Os analistas da Ágora destacaram que existem razões para que a tendência negativa em termos de desempenho tenha acabado.

“As margens de cerveja brasileira atingiram o fundo, e o desconto do múltiplo P/L para pares globais está atualmente em 28% (contra um prêmio de 5% historicamente) –o que se traduz em um dividend yield esperado para 2024 de 8,1% (com base em uma estimativa de pagamento de 100% do lucro líquido), o que resulta em um bom carrego (valorização + dividendos)”.

Ambev no 2T24

Ambev reportou um lucro líquido ajustado de R$ 2,45 bilhões no segundo trimestre de 2024 (2T24), uma queda de 8,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida, por outro lado, foi de R$ 20,04 bilhões, alta de 4,8% ante os R$ 18,8 bilhões do segundo trimestre do ano passado.

O  volume total foi ligeiramente positivo no ano a ano, com variação positiva de 0,4%, com desempenhos positivos no Brasil, América Central e Caribe (“CAC”), enquanto os volumes na América Latina Sul (“LAS”) e Canadá continuaram a ser impactado por indústrias difíceis.

Para o Itaú BBA, os resultados foram ligeiramente positivos, uma vez que as expectativas dos compradores estavam de certa forma alinhadas com os números divulgados, mas com o segmento de cerveja no Brasil revelando tendências melhores do que as temidas, especialmente nos preços.

Durante a teleconferência com analistas na última semana o presidente executivo da Ambev, Jean Jereissati Neto, disse que estão “bastante entusiasmados” com o desempenho da companhia, em especial com o do Brasil. “O primeiro trimestre foi bom, o segundo melhor ainda. Tivemos volumes recordes nesse segundo tri”, disse o executivo.

Jereissati reforçou durante a conferência que a estratégia para os próximos meses continua a mesma e que sabe que o setor de cervejas no Brasil está cada vez mais concorrido, mas ele destaca a solidez de estrutural.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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