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Apesar dos esforços para preservar rentabilidade, Gol ainda gera dúvidas sobre recuperação

19 mar 2021, 13:48 - atualizado em 19 mar 2021, 13:56
Gol
O BTG Pactual defendeu que os investidores devem prestar menos atenção ao balanço do quarto trimestre e focar na gestão de liquidez e passivos da Gol (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

A Gol (GOLL4) reportou resultados fracos, como o mercado já esperava. A companhia aérea reportou prejuízo líquido recorrente de R$ 861,9 milhões no quarto trimestre de 2020 (contra lucro de R$ 378,3 milhões no mesmo período de 2019), enquanto a receita operacional líquida despencou 50,3% e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado teve uma queda expressiva de 91%.

Apesar dos números pouco animadores, alguns analistas ainda estão confiantes com a recuperação da empresa. O BTG Pactual (BPAC11), por exemplo, tem o nome como favorito no setor aéreo, dada a sua menor exposição a rotas internacionais.

O BTG defendeu que os investidores devem prestar menos atenção ao balanço do quarto trimestre e focar na gestão de liquidez e passivos da Gol.

“Apesar da pouca visibilidade da recuperação da demanda, vemos a Gol tomando todas as medidas necessárias para manter uma posição de balanço saudável e preservar a rentabilidade futura (ajustando a capacidade)” disse o trio Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Ricardo Cavalieri, em relatório divulgado ontem. Os analistas mantiveram a recomendação de compra para a ação, bem como o preço-alvo de R$ 31.

Outras instituições optaram pela cautela devido ao aumento de casos de Covid-19, o que levou à imposição de novas restrições no Brasil e no mundo. A Ágora Investimentos, por exemplo, continuou com sua recomendação neutra e preço-alvo de R$ 23 para a companhia.

O Safra, que também tem rating neutro para o papel, mas preço-alvo de R$ 23,10, disse que a recuperação das operações da Gol continua incerta e depende da retomada da demanda, afetada pelas novas políticas de distanciamento social.

Ainda, mesmo com a recuperação total dos voos corporativos, que representam cerca de 70% da demanda, as operações continuam em ameaça, considerando as potenciais mudanças estruturais nas viagens corporativas depois que novas ferramentas (como plataformas de reunião virtual) ganharam força na pandemia.

Segundo a Guide Investimentos, o setor como um todo reconhece que o cenário está voltando a ficar mais desafiador. A corretora citou Paulo Kakinoff, presidente da Gol, que falou que a saída para as companhias aéreas está na vacinação.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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