Política

Bolsonaro é parceiro em reformas, só não quer discussões públicas, diz secretário

15 set 2020, 12:33 - atualizado em 15 set 2020, 12:33
Adolfo Sachsida
“O presidente é um parceiro na agenda de reformas pró-mercado”, afirma o secretário de Política Econômica (Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, defendeu nesta terça-feira que o presidente Jair Bolsonaro é sim alinhado à agenda da equipe econômica, e que ele apenas não quer que ideias em estudo sejam tornadas públicas.

A fala veio após Bolsonaro ter pontuado nesta manhã que o governo não irá mais criar o programa Renda Brasil e continuará apenas com o Bolsa Família.

O time do ministro Paulo Guedes estudou inicialmente uma focalização de programas sociais e, posteriormente, eventual mudança em regras de benefícios para aumentar os recursos ao Bolsa Família, rebatizando-o para que, mais robusto, virasse uma marca da gestão Bolsonaro.

Ao G1, o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, chegou a sinalizar que entre as medidas em estudo, estava a desindexação das aposentadorias do salário mínimo.

“O presidente é um parceiro na agenda de reformas pró-mercado. Nós fomos eleitos com essa pauta, você olha o grande apoio que o ministro Paulo Guedes tem nessa pauta e nós estamos avançando”, disse Sachsida, em coletiva de imprensa.

“O que me parece que o presidente Bolsonaro coloca corretamente é que as discussões não podem ser públicas. Você não pode ficar lançando ideias publicamente, acho que foi isso que ele deixou claro”, disse.

Bolsa Família
Governo Bolsonaro queria apagar marca de programas sociais da era pestista (Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Em vídeo publicado em suas redes sociais, Bolsonaro destacou que até 2022 está proibido em seu governo falar em Renda Brasil.

“Vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final”, afirmou o presidente.

Sobre o aumento recente do preço de alimentos, Sachsida afirmou que a questão da inflação é localizada e transitória. Segundo o secretário, a elevação nos produtos “não é processo inflacionário, se assemelha muito mais a mudança de preços relativos”.

Ele disse ainda que o preço dos alimentos subiu, mas depois irá se normalizar, da mesma maneira como aconteceu com as carnes no passado.

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