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Brasil registra 632 mil pedidos de demissão voluntária em agosto, segundo recorde no ano

05 out 2022, 13:16 - atualizado em 05 out 2022, 13:16
Demissão brasil
Em relação ao ano anterior, houve um aumento de 25,5% no número de demissões voluntária (Imagem: Magnet.me/Unsplash)

Em agosto, houve um total de 1,77 milhão de demissões no mercado formal do Brasil. Desse total, 632,8 mil, o equivalente a 35,7%, foram demissões voluntárias.

O levantamento foi realizado em um estudo da LCA Consultores com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Os números mostraram que a quantidade de trabalhadores que pediram para deixar seus empregos bateu o recorde no mês de agosto, pela segunda vez no ano, desde que começou a série histórica, em janeiro de 2020.

Até então, o maior número de demissões voluntárias já registrado no país foi em março desde ano, quando houve 603,13 mil pedidos.

Em relação ao mês anterior, houve um aumento de 7,5% no número de demissões voluntárias. Em relação a agosto do ano anterior, a alta foi de 25,5%.

São Paulo se manteve no topo de demissões voluntárias, acumulando 207,9 mil pedidos, e no total de demissões também, com 563,5 mil. O estado também é o que mais emprega no país.

Tendência?

O aumento do número de demissões voluntárias é um fenômeno percebido há alguns meses no Brasil, e que também foi identificado nos EUA.

“The great resignation”, ou “a grande renúncia”, em português, é um movimento de demissões voluntárias observado nos Estados Unidos.

Bruno Imaizumi, economista da LCA Consultores e responsável pela pesquisa, explica que o contexto pós-pandemia é um fator importante para o cenário atual do mercado de trabalho, e que contribui para o aumento das demissões voluntárias.

O economista reforça que, por aqui, “a grande renúncia” acontece de maneira diferente, porque os profissionais brasileiros não são tão qualificados quanto nos EUA.

Ainda assim, ele explica que essa movimentação forte no mercado “reflete uma volta de empresas a esquemas presenciais/híbridos, e isso faz com que as pessoas repensem no trabalho”.

Dentre os setores onde esse fenômeno acontece, Imaizumi conta que os trabalhadores estão renunciando em todos os segmentos.

“Mas principalmente em setores aquecidos (que vem criando novas vagas em novos estabelecimentos) e em setores que permitem o trabalho remoto (como Tecnologia, geralmente profissionais mais qualificados”, conta.

Com Gabriela Occhipinti

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Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
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