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Cana-de-açúcar: Safra 2023/2024 deve crescer 4,4%, com produção de 637,1 milhões de toneladas

26 abr 2023, 11:56 - atualizado em 26 abr 2023, 11:57
De acordo com a Conab, o aumento é influenciado pelo melhor rendimento das lavouras e pela maior área de cultivo para cana-de-açúcar (Imagem: Pixabay)

A produção de cana-de-açúcar na safra 2023/2024 deve crescer 4,4% em relação ao ciclo 2022/23, estimada em 637,1 milhões de toneladas. Os dados constam no 1º Levantamento de Cana-de-Açúcar divulgado nesta quarta-feira (26) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O incremento na produção é influenciado pelo melhor rendimento das lavouras e pela maior área de cultivo para a cana. Segundo a Conab, serão destinados 8,4 milhões de hectares de cana para a colheita, com um rendimento médio de 75.751 quilos por hectare.

“O maior crescimento é justificado pelo aumento de áreas de expansão e a incorporação de áreas de fornecedores, que não eram utilizadas para o setor sucroenergético, o que impacta diretamente na produtividade, uma vez que os primeiros cortes possuem um maior rendimento. Além disso, as condições climáticas, para essa safra, vêm se apresentando ainda melhores que no ciclo 22/23”, destaca o gerente de acompanhamento de safras da Conab, Fabiano Vasconcellos.

Produção por região

No Sudeste, principal região produtora, o volume colhido deve aumentar em 4,4%, quando se compara à safra 2022/23, podendo chegar a 404,71 milhões de toneladas. O destaque fica para São Paulo, onde as lavouras tendem a apresentar melhora na produtividade de 2,9%, e Minas Gerais, estado em que é esperado não só a melhora no rendimento do campo, mas também ampliação na área destinada para a cultura.

O Centro-Oeste, segunda região que mais produz cana-de-açúcar, tem a estimativa de produção de cana em 140,9 milhões de toneladas, com elevação de área e produtividade neste ciclo.

No Norte, a expectativa de melhora no rendimento das lavouras e maior área também influencia o incremento da produção em 6,4% na região, quando comparada à safra 2022/23, resultando em uma colheita de 4,07 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.

No Sul, a expectativa é de que a região produza 31,7 milhões de toneladas de cana. O acréscimo é influenciado pela maior área para a cultura em 2,8% quando comparada com o ciclo passado, alta registrada após sucessivas reduções. Já na região Nordeste, a colheita deve se manter próxima à estabilidade, sendo projetada em 55,7 milhões de toneladas.

Açúcar e etanol

De acordo com o levantamento da Conab, a fabricação de açúcar deve chegar a 38,77 milhões de toneladas, sendo a segunda maior já registrada na série histórica, atrás apenas da temporada 2020/2021, que ficou em 41,25 milhões de toneladas. Além da maior colheita esperada para a matéria-prima na atual safra, o mercado favorável ao adoçante influencia na maior destinação da cana.

Ainda assim, a produção do etanol também deverá crescer 5,9% quando comparado com o ciclo anterior, podendo chegar a 33,17 bilhões de litros. Desse total, 14,26 bilhões de litros serão de etanol anidro e 18,91 bilhões de litros de etanol hidratado.

A elevação é impulsionada, principalmente, pela fabricação do biocombustível produzido a partir do milho, estimada em 5,64 bilhões de litros – alta de 42%. Já o etanol a partir da cana deve registrar um leve aumento de 0,6%, estimado em 27,53 bilhões de litros.

Mercado

Com relação ao mercado externo, há uma perspectiva otimista de novos ganhos com as exportações dos produtos derivados da cana na safra 2023/24, que não estão relacionadas às estimativas de aumento de produção.

Para o açúcar, as cotações no mercado externo registram alta de 5% na comparação com o ciclo anterior, e em movimento de reajustes positivos desde meados de 2020, cenário influenciado pela oferta global restrita.

Outro fator importante que impacta nos preços tanto do açúcar quanto do etanol é o comportamento das cotações do petróleo, influenciadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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