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Como fica a Itaúsa após a cisão da XP?

08 nov 2020, 15:14 - atualizado em 09 nov 2020, 10:07
Logo do Itaú Unibanco
De acordo com os analistas do banco suíço, Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Philip Finch, é necessário analisar o quanto de valor a nova empresa destravaria para o Itaú (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

Na última terça-feira (03), parte do mercado foi pego de surpresa com anúncio do Itaú (ITUB4) de que irá cindir sua parte de 41,05% da XP Investimentos (XP) e formar uma nova empresa: a NewCo.

A notícia repercutiu bem: as ações do Itaú saltaram mais de 4% depois do comunicado. Segundo analistas, o movimento do banco pode destravar valor e aumentar a sua agressividade no setor de investimentos.

E como fica a Itaúsa (ITSA4), a holding do Itaú, nessa história? Segundo o UBS, a Itaúsa pode abocanhar um valor de mercado de R$ 19 bilhões, representando 19% no total de ativos da companhia.

O negócio pode ser cumulativo?

De acordo com os analistas do banco suíço, Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Philip Finch, é necessário analisar o quanto de valor a nova empresa destravaria para o Itaú e o valor do desconto da NewCo.

“Assumindo um desbloqueio de R$ 7,5 bilhões para o Itaú e um desconto de 15% da NewCo, o desconto de Itaúsa seria semelhante aos níveis atuais. Um maior valor desbloqueado ou um desconto menor criaria valor para Itaúsa no curto prazo”, argumentam.

Vende ou não vende?

A Itaúsa já avisou que não tem interesse de vender sua parcela de participação na XP no curto prazo.

Porém, de acordo com a equipe de analistas, a holding deixa uma janela aberta para se desfazer da participação no futuro, já que a próprio companhia menciona que “não considera este investimento estratégico a longo prazo”.

E como ficam as ações da Itaúsa

Para o UBS, as ações da Itaúsa estão descontadas. O banco reiterou a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 13, o que implica potencial de valorização de 32%.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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