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Deflação freia plano de voo de fundos imobiliários em busca de marca histórica; entenda

11 jul 2023, 18:05 - atualizado em 11 jul 2023, 18:05
Índice de fundos imobiliários exibe volatilidade digerindo deflação, volta a fechar com sinal negativo, mas longe dos 3.200 pontos

O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 até tenta ficar mais perto dos 3.200 pontos, mas a guinada exibida na semana passada vem sendo freada.

Hoje, o freio veio do IPCA de junho após apresentar uma deflação de 0,08%. A última vez que o índice de inflação oficial do país apresentou resultado negativo foi em setembro de 2022.

Com isso, o Ifix exibiu volatilidade ao longo do pregão desta terça-feira (11) e encerrou com ligeira alta de 0,02% (após ajustes), aos 3.182 pontos. O volume de negócios, apesar de ter passado dos R$ 215 milhões, ficou abaixo do movimentado na véspera.



Entre os fundos imobiliários listados, o HSI Ativos Financeiros (HSAF11) exibiu a maior alta do dia, de 2,23%. Em contrapartida, o Autonomy Edifícios Corporativos (AIEC11) teve o maior recuo, de 2,03%.

Impacto da deflação nos fundos imobiliários

O head de fundos imobiliários da Acqua Vero, Gabriel Fiorillo, lembra que a deflação exibida entre julho e setembro do ano passado levou os fundos de papel a terem movimentos negativos.

“O pagamento de dividendos teve o patamar reduzido e o valor das cotas caíram em meio à uma força vendedora maior com a queda dos rendimentos desses FIIs“, comenta.

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Fiorillo acredita que a distribuição de rendimentos em agosto seja menor em razão da queda da inflação. Contudo, ele reforça que, desde o período de deflação em 2022, as cotas tiveram um ganho de capital puxado pelos fundos de tijolo. Por outro lado, os fundos imobiliários de papel não exibiram esse ganho.

“Mas não acredito que o impacto do IPCA de junho e até mesmo o de julho seja grande como foi no ano passado. Caso ocorra, essa deflação deverá vir num ritmo menos intenso do que em 2022”, pondera. Após o resultado do IPCA divulgado hoje, analistas já esperavam uma nova deflação em julho.

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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