Mercados

Dólar: Queda tímida de hoje mostra que ninguém sabe o que o Fed fará com os juros

14 set 2022, 18:42 - atualizado em 14 set 2022, 18:42
Dólar EUA juros Fed Federal Reserve
Dólar segue sem direção definida, diante da preocupação dos investidores sobre a reação do Fed à inflação americana ainda alta (Imagem: Pixabay)

O dólar à vista fechou em queda de 0,3% frente ao real, negociado a R$ 5,17 para venda, em linha com o exterior. Por lá, a moeda dos Estados Unidos também caiu em relação aos seus principais pares.

Tanto aqui quanto lá fora, o dólar ensaiou uma recuperação após forte alta ontem, quando investidores reagiram negativamente à inflação ao consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) acima do esperado.

Hoje, apesar de mais comportado durante a sessão, ele chegou a ensaiar alta em um movimento de proteção local. Mas o movimento no exterior prevaleceu mais uma vez.

O contrato futuro de dólar com vencimento em outubro caiu 0,3%, na casa dos R$ 5,18.

Já o Dollar Index teve leve queda de 0,1%, aos 109,6 pontos, mostrando que a moeda perdeu força em relação à outras moedas como o euro, libra esterlina e dólar australiano.

Dólar segue a reboque dos juros americanos

Por mais que o dólar tenha tido um pregão de leve alívio, o mercado segue digerindo o CPI de agosto e recalculando a rota do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em relação à taxa de juros.

Se antes as apostas se dividiam em alta de 0,50 ponto percentual (p.p.) ou de 0,75 p.p., agora, entra no radar a possibilidade da autoridade monetária ser mais agressiva. Assim, elevaria a taxa em 1 p.p, para o intervalo entre 3,25%-3,50%.

Entretanto, o Fed pode anunciar maior alta na taxa de juros em 40 anos.

O economista da XP, Francisco Nobre, avalia que a decisão de elevar os juros em 0,75 p.p. e não 0,50 p.p., como o mercado tem precificado, é um erro.

Portanto, aumentaria o risco de um nível de juros excessivo.

“O cenário econômico permanece muito incerto. Os efeitos dos aumentos de juros já realizados ainda serão refletidos na atividade econômica, dado o efeito defasado da política monetária. Uma decisão mais agressiva este mês deve levar a uma taxa de juros terminal mais alta”, escreveu Nobre em relatório.

Amanhã

Analistas adiantam que, com a proximidade da reunião do Fed na semana que vem, o dólar deve ficar mais volátil nos próximos pregões. Porém, sem definir uma tendência de alta ou de queda.

O economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, ressalta que o cenário continua repleto de desafios e entraves às economias desenvolvidas.

Sobre uma decisão mais agressiva do Fed em meio à escalada da inflação, ele diz que o resultado da situação atual é consequência da inação dos Bancos Centrais.

Siga o Money Times no Instagram!

Conecte-se com o mercado e tenha acesso a conteúdos exclusivos sobre as notícias que enriquecem seu dia! Sete dias por semana e nas 24 horas do dia, você terá acesso aos assuntos mais importantes e comentados do momento. E ainda melhor, um conteúdo multimídia com imagens, vídeos e muita interatividade, como: o resumo das principais notícias do dia no Minuto Money Times, o Money Times Responde, em que nossos jornalistas tiram dúvidas sobre investimentos e tendências do mercado, lives e muito mais… Clique aqui e siga agora nosso perfil!

 

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
Linkedin
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.