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Efeito Petrobras (PETR4): Banco do Brasil (BBAS3) acumula perdas de 10% no mês; oportunidade de compra?

21 jun 2022, 18:10 - atualizado em 22 jun 2022, 11:20
bancos
Segundo o analista João Abdouni, da Inversa, a queda está relacionada com as discussões em torno da revisão da Lei das Estatais (Imagem: Marcelo Camrgo/ Agência Brasil)

A ação do Banco do Brasil (BBAS3) figurou entre as maiores baixas do Ibovespa (IBOV) nesta terça-feira (21), caindo 4,10%, a R$ 32,98. Em junho, o papel acumula tombo de 10%.

Segundo o analista João Abdouni, da Inv, a queda está relacionada com as discussões em torno da revisão da Lei das Estatais por conta da Petrobras (PETR4).

Segundo informações, o presidente da Câmara Arthur Lira quer discutir possíveis formas de alterar a lei criada por Michel Temer que, segundo ele, resultaram em entidades com almas independentes, desvinculadas da influência do acionista controlador.

“De todas as ameaças até agora, a que mais tememos seria mudar a Lei das Estatais de Temer, que realmente removeria os escudos de governança das empresas estatais”, diz o Bradesco BBI.

Apesar disso, Abdouni lembra que mudanças na lei são pouco prováveis.

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, disse que uma mudança na Lei das Estatais e nas regras de governança não seria uma saída para combater a alta dos preços dos combustíveis.

“Não me parece que seja a solução, diante de um problema casuístico circunstancial em função de uma guerra, do aumento do preço dos combustíveis, haver uma alteração de uma lei que foi concebida, que foi dentro de critérios para poder se ter regras em relação às estatais para diminuir interferência política e dar mais governança a essas empresas”, falou.

Queda é oportunidade de compra para Banco do Brasil?

Abdouni diz que atualmente prefere Bradesco (BBDC4) e o Itaú Unibanco (ITUB4) por conta do desconto em relação ao preço sobre lucro (P/L) histórico e sem o risco político.

Apesar disso, o BTG Pactual, em relatório publicado nesta terça, reafirmou o Banco do Brasil como o seu favorito, junto com o Itaú.

“Os bancos brasileiros estão acostumados a operar em ambientes como o que estão enfrentando agora. É um cenário muito mais familiar do que o anterior, com a Selic em patamares muito baixos, capital barato para novos entrantes e um regulador primariamente focado em impulsionar a concorrência”, colocaram Eduardo Rosman e equipe.

Maiores altas

A Qualicorp (QUAL3) liderou as altas e segue a sua trajetória de recuperação. Nas últimas cinco sessões, as ações subiram 25%.

Segundo o consenso de mercado da Reuters, de dez analistas, um tem recomendação de compra, um de venda e oito mantém a neutralidade para a Qualicorp.

Veja as 5 maiores altas

Empresa Ticker Alta
Qualicorp QUAL3 6,68%
WEG WEGE3 4,68%
IRB IRBR3 4,04%
Natura NTCO3 3,60%
Totvs TOTS3 3,58%

 

Veja as 5 maiores quedas

Empresa Ticker Queda
Cogna COGN3 4,76%
Banco do Brasil BBAS3 4,10%
CPFL CPFE3 3,69%
Yduqs YDUQ3 3,45%
Lojas Renner LREN3 3,18%

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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