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“Em 5 anos espero que tenhamos todos os ativos financeiros tokenizados”, diz Diretor do Itaú BBA

26 ago 2022, 20:46 - atualizado em 26 ago 2022, 20:46
tokens tokenização
(Imagem: Leonardo Rubinstein Cavalcanti/Crypto Times)

Nesta quinta-feira (25), aconteceu o DigiTalks Expo 2022, em São Paulo, e o palco “Blockmaster” foi o espaço do evento dedicado ao mercado de criptoativos. Os painéis variaram desde tokenização, sobrevivência à volatilidade até regulação no Brasil.

No que tange o tema de tokenização, o painel “Tokenização – Como usar Blockchain para transformar qualquer ativo em um token a prova de fraude” discutiu sobre o assunto.

O Crypto Times entrevistou Eric Altafim, Diretor de Produtos e Corporate Sales no Banco Itaú Unibanco – e um dos palestrantes do evento – para entender mais sua visão sobre o tema.

Brasil pode ser pioneiro em tokenização

“Uma das coisas que percebi no evento foi como o Brasil é um “early adopter” de tecnologia, e como o país pode estar trilhando um caminho de liderança no mundo de tokenização”, respondeu Eric.

Já existem algumas soluções de tokenização feitas no país, assim como algumas empresas brasileiras fizeram tokenização no exterior – como é o caso da Vórtx – o órgão regulador entende bastante sobre o assunto.

“O ambiente que está se criando no Brasil é propício para que o Brasil seja um protagonista nessa indústria de tokenização.

Segundo ele, o desenvolvimento vai vir mais forte pelo mercado financeiro. Existe bastante dinheiro envolvido no meio e os ganhos em eliminar, ou baratear, os processos que uma pessoa física precisa passar para investir, é algo bem atrativo aos olhos do mercado.

“Hoje, existe uma demanda muito grande dos investidores pessoas físicas para conseguir acessar produtos que, atualmente, são só permitidos ou através de estruturas muito mais caras, como o FIDC, ou que os próprios bancos e grandes investidores fazem, que é o que a gente chama de democratização do investimento”, explica.

Para Altafim, a tecnologia por trás da tokenização traz consigo um barateamento dos custos em oferecer esse tipo de produto.

Somado com uma ação regulatória de um ente que conheça sobre o assunto, pode fazer com que o Brasil dispare em relação aos demais.

“Em cinco anos espero que tenhamos todos os ativos financeiros tokenizados. E que não precisemos falar mais sobre isso”, comenta.

No Brasil, existem diversas oportunidades onde um empreendedor pode mergulhar nesse mercado, e criar seu próprio utility token (token de utilidade) que dá benefícios para algo em seu negócio, conforme diz.

“Ainda precisa de regulação, mas é mais simples do que quando tratamos sobre o mercado financeiro”, afirma.

Quais setores podem ter mais potencial no mercado de tokenização?

Altafim enxerga um movimento forte vindo da indústria de tokenização de imóveis, precatórios e antecipações de recebíveis. “Mas existem incertezas sobre o que pode, ou não pode, fazer”.

“Ainda na parte de infraestrutura, a própria indústria de FIDC pode se ter um benefício da tokenização. Mas é preciso ter muito cuidado para a tokenização não virar uma solução em busca de um problema”, diz.

É preciso entender todos os problemas destes setores, e como a tokenização poderia realmente facilitar essas dores. No caso de imóveis, ele comenta sobre os registros e como a tecnologia blockchain poderia sanar essa dor.

“É preciso entender cada uma das dores que existem no sistema financeiro e atuar”, finaliza.

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Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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