Mercados

Enquanto Ibovespa queimou com risco fiscal, Wall Street viveu ‘céu de brigadeiro’ em novembro

01 dez 2022, 10:40 - atualizado em 01 dez 2022, 10:47
Ibovespa
S&P sai de mercado de urso em novembro. (Imagem: traviswolfe/Getty Images Pro)

A lua de mel com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a Faria Lima durou exatamente o tempo do governo de transição apresentar uma proposta de ajuste do orçamento para o próximo ano.

A PEC, que deve custar quase R$ 200 bilhões nos próximos quatro anos, gerou uma reação azeda dos mercados domésticos, que já passam a olhar com desconfiança a jura de responsabilidade fiscal do novo governo.

O assombro do risco fiscal trouxe uma queda de 3,80% em novembro para o Ibovespa, além de muita volatilidade nas negociações.

Longe de tudo isso, e para a alegria do investidor com posições internacionais, as Bolsas americanas terminaram um novembro positivo.

Com um avanço mensal de 5,4%, o S&P superou a marca dos 4 000 pontos, que mantinha o principal índice acionário dos EUA na zona de ‘urso’ (tendência baixa). O bom desempenho das ações listadas no S&P 500 reduziu as perdas acumuladas do ano do índice para 14.4%.

O índice Nasdaq, que possui grande exposição ao setor de tecnologia, também teve uma arrancada em novembro, anotando ganhos mensais de 4,4%.

Por fim, mas não menos importante, o Dow Jones, que possui em sua composição uma grande influência de grandes ações industriais, foi o grande destaque do mês, com ganhos na ordem de 6,0%.

Aperto mais suave a partir de dezembro

A euforia dos mercados de capital americanos tem uma explicação: um otimismo dos investidores com a suavização do aperto monetário do Federal Reserve a partir da última reunião do ano, que ocorre entre 13 e 14 de dezembro.

A aparição de um todo sorridente Jerome Powell nesta quarta-feira (30) foi a cereja do bolo dessa positividade.

O chefão’ do Fed disse exatamente o que os mercados queriam ouvir, ou seja, que o momento de moderação do aperto monetário pode vir já em dezembro, dando pistas de que a posição mais ‘maleável’ da autoridade monetária indicada na ata de setembro pode vir a se realizar.

Imediatamente após sua fala, os três índices americanos, e o próprio Ibovespa, decolaram.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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