Ministério da Saúde

Equipe se prepara para deixar Ministério da Saúde junto com Mandetta após canetada de Bolsonaro

15 abr 2020, 11:39 - atualizado em 15 abr 2020, 11:39
Luiz Henrique Mandetta
Fontes asseguram a cúpula do Ministério da Saúde saem junto com Mandetta (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

A equipe do ministro Luiz Henrique Mandetta no Ministério da Saúde já se prepara para deixar a pasta junto com ele e, dos sete secretários que formam hoje a cúpula do órgão, cinco devem sair assim que a demissão de Mandetta for formalizada, disseram à Reuters fontes que acompanham o processo.

De acordo com uma das fontes, saem com o ministro o secretário-executivo, João Gabbardo, que toca o dia a dia operacional do ministério e a organização do esforço para combate ao coronavírus, o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, responsável pelas ações de controle da epidemia, o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos em Saúde, Denizar Vianna, responsável por autorizar e organizar as pesquisas, protocolos e testes de medicamentos contra a Covid-19.

Também devem deixar os cargos o secretário de Atenção Primária à Saúde, Erno Harzheim, e o secretário de Atenção Especializada em Saúde, Francisco de Assis Figueiredo.

Os dois auxiliares que ficam, das áreas de gestão do trabalho em saúde e de Saúde Indígena, não foram indicados por Mandetta e são ligados diretamente ao governo do presidente Jair Bolsonaro.

Na manhã desta quarta, depois da reunião na noite de terça entre o ministro e seus auxiliares, Wanderson de Oliveira enviou por e-mail uma carta a seus subordinados em que avisava que a saída de Mandetta estava programada para “as próximas horas ou dias” e era a hora de se preparar para sair junto, já que só estava no cargo pela indicação do ministro.

Luiz Henrique Mandetta
A gestão Mandetta teria acabado e é necessária a preparação para a mudança, afirma secretário  Wanderson (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

Na carta, publicada na coluna da jornalista Mônica Bergamo, do jornal na Folha de S.Paulo e confirmada pela Reuters, Wanderson deixa claro que não há como dizer o momento exato da demissão do ministro e nem como ela será feita, se por um aviso formal e “respeitoso” ou uma demissão pelo Twitter. Bolsonaro já anunciou diversas indicações e trocas de ministro pelas redes sociais.

De qualquer forma, diz o secretário na carta, a gestão Mandetta teria acabado e é necessária a preparação para a mudança. Wanderson indicou ainda um substituto interino para tocar a secretaria na sua saída: o epidemiologista Gerson Pereira, atual diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis.

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