Indústria

Exportação marca a alta da indústria de alimentos e não o consumo de gêneros essenciais

05 jun 2020, 15:52 - atualizado em 05 jun 2020, 16:05
Ganho da indústria alimentícia em abril no mercado interno foi sobreposto pelo mercado externo (Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ao destacar a queda histórica da produção industrial em abril, o IBGE mostrou que as exceções, entre os subgrupos, foram os gêneros alimentícios, sob alta de 3,3%. Em levantamento do setor, vê-se que o resultado corresponde mais às exportações do que ao consumo interno, como frisou o instituto de pesquisa.

“A alta do setor de alimentos pode ser atribuída ao crescimento no volume das exportações, que em abril foi da ordem de 10%”, de acordo com João Dornellas, presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia).

Em contraponto ao tombo de praticamente 19% da indústria nacional sobre março – e de 27,7% sobre abril de 2019 -, puxado pelos bens de capitais e bens duráveis, os alimentos industrializados se saíram melhor dentro da queda de mais de 12% dos semi e não duráveis.

As vendas internas apresentaram ganhos, como já analisou Money Times, sobretudo em gêneros mais essenciais e de valor mais baixo, caso de arroz, feijão e massas, mas até por este perfil demonstram pouca força para sustentar a expansão vista pela IBGE.

A pandemia internou mais a população que, temerosa com emprego e renda, comprou mais e mais barato, mas o comércio externo deu a marcha.

Tanto que, complementa Dornellas, os embarques internacionais “responderam por 2/3 do crescimento da produção industrial de alimentos no período avaliado”.

Entre os principais setores exportadores, estão açúcar, soja processada, carnes, café, entre outros.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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