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Fundos imobiliários renovam mínimas desde julho e flertam com marca não vista há meses; e agora?

19 out 2023, 17:59 - atualizado em 19 out 2023, 17:59
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Índice de fundos imobiliários engata quarto dia de queda e abre mais espaço para primeira queda mensal em sete meses (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

O índice de fundos imobiliários (Ifix) na B3 empilhou mais uma derrota no pregão desta quinta-feira (19) e renovou as mínimas desde julho.

Dando continuidade ao cenário de correção, após seis meses seguidos de valorização, o Ifix fechou em queda pelo quarto dia seguido ao cair 0,31% (após ajustes), aos 3.164 pontos.

Este mês, o volume financeiro segue bem abaixo do observado em agosto e setembro. Desta forma, hoje, ficou abaixo dos R$ 190 milhões.



O analista de real estate da Empiricus Research, Caio Nabuco de Araujo, reforça o viés de correção pelo qual os fundos imobiliários listados no Ifix passam.

Com a queda de hoje, o índice abriu mais espaço para a primeira queda mensal desde março. Até o momento, a desvalorização é de 1,7% em outubro.

“Uma hora eles [FIIs] iam cair, principalmente, os do segmento de fundos de fundos e de escritórios“, comenta, acrescentando que a curva de juros de longo prazo continua subindo e, consequentemente, impacta os fundos imobiliários.

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Fundos imobiliários de destaque no dia

Entre os fundos listados, o JS Ativos Financeiros (JSAF11) exibiu a maior alta do dia, de 1,98%.

Além dele, o Hectare CE (HCTR11) ficou entre os três FIIs que mais subiram no pregão em meio à renegociação de dívidas de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) entre a Forte Securitizadora (Fortesec) e a empresa do ramo de entretenimento e turismo Gramado Parks (GPK).

As empresas renegociaram mais de R$ 1,3 bilhão em dívidas de recebíveis que estão inadimplentes desde fevereiro. Leia mais aqui. Tal inadimplência corrobora para o tombo de quase 65% do HCTR11 no acumulado de 2023.

Em contrapartida, o Hotel Maxinvest (HTMX11) liderou as perdas em mais um pregão, de 2,60%, ainda em correção aos ganhos recentes. Todavia, o fundo imobiliário ainda é o que mais sobe no mês (+6,19%).

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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