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Ibovespa (IBOV) mantém tendência positiva e fecha em alta de 1,71%; IRB (IRBR3) dispara

23 maio 2022, 17:03 - atualizado em 23 maio 2022, 20:03
Ibovespa, Ações, Mercados, B3
Ibovespa fecha pregão em alta consistente, dando continuidade à tendência de alta (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) fechou mais um pregão em alta consistente nesta segunda-feira (23), apoiado pelo bom humor no exterior.

As commodities foram o principal catalisador para o índice, que encerrou com valorização de 1,71%, a 110.345,82 pontos, maior fechamento desde 25 de abril.

A China também ajudou a manter a alta do dia, após o governo anunciar um pacote de medidas visando sustentar a economia local, afetada pelos casos de Covid-19 em diversas regiões do país.

Entre as ações que mais se destacaram hoje, Petrobras (PETR3;PETR4) marcou valorização de mais de 3%. A Vale (VALE3) também terminou o dia em campo positivo, registrando valorização de mais de 2% por conta da disparada do minério de ferro.

O destaque de alta, no entanto, foi a ação do IRB (IRBR3), que subiu 9,23%.

Outra notícia bem-recebida pelos mercados, segundo Leandro Petrokas, diretor de research e sócio da Quantzed, foi o Banco Central Europeu (BCE) ter assumido que precisa subir os juros e tirar dinheiro da economia para tentar conter a inflação.

Notícias que movimentaram o Ibovespa hoje

Pacote de medidas chinês

O governo da China anunciou que vai adotar um pacote de medidas para sustentar a economia local e colocá-la de volta à normalidade.

A China fornecerá abatimentos de créditos fiscais a mais setores e elevará os cortes de impostos anuais em mais de 140 bilhões de iuanes, a 2,64 trilhões de iuanes.

O governo chinês também reduzirá o imposto de compra de alguns carros de passageiros em 60 bilhões de iuanes, segundo a mídia estatal.

O anúncio chega um dia depois de Xangai ter anunciado reabertura parcial, após seis semanas de lockdown.

“A notícia foi recebida com alívio pelo mercado, que teme que o isolamento social prolongado na China possa intensificar o cenário de inflação”, afirma André Meirelles, diretor de alocação e distribuição da InvestSmart XP.

Disparada do minério de ferro

O minério de ferro teve um dia de forte valorização nesta segunda. Os contratos futuros da commodity mais negociados em Dalian, com entrega em setembro, chegaram a subir quase 7%, a 884 iuanes, maior alta desde 6 de maio. Ao fim das negociações, encerraram com ganhos de 4,4%, a 864 iuanes.

A Índia foi o principal motivo para a disparada do minério. O país aumentou as taxas de exportação de algumas commodities, a fim de conter a pressão inflacionária.

A Índia elevou as tarifas de exportação de minério de ferro e concentrados de 30% a 50%. A taxa de exportação para pelotas foram de zero para 45%.

O governo indiano também removeu as tarifas de importação de carvão metalúrgico e coque. Na bolsa de Dalian, o carvão metalúrgico caiu 2,5%, a 2.567 iuanes a tonelada, enquanto o coque recuou 0,8%, a 3.370 iuanes por tonelada.

A disparada das commodities foi positiva para o Ibovespa, que tem grande exposição ao setor, lembra Meirelles.

Destaques do dia

VALE ON (VALE3) subiu 2%, terceira alta seguida, após os contratos futuros de minério de ferro saltarem quase 7% durante o pregão em Dalian, e fecharam com alta de 4,4%. O movimento ocorreu depois que a Índia, que fornece minério de ferro para a China, aumentou as tarifas de exportação da commodity e concentrados para conter as crescentes pressões inflacionárias. CSN ON teve alta de 4% e liderou valorização entre siderúrgicas.

PETROBRAS PN (PETR4) apontou acréscimo de 3,9%, ainda que o preço do petróleo Brent tenha fechado com valorização apenas leve de 0,7%. PETRORIO ON (PRIO3) teve avanço de 2,7%, e 3R PETROLEUM ON (RRRP3) mostrou ganhos de 2,7%.

INTER UNIT (BIDI11) cedeu 5,2% e LOCAWEB (LWSA3) ON caiu 3%.

QUALICORP ON (QUAL3) perdeu 4,6%, REDE D’OR ON (RDOR3) reduziu 1,8%, SULAMÉRICA UNIT (SULA11) recuou 1,6% e FLEURY ON diminuiu 1,5%, em pregão negativo para ações ligadas ao setor de saúde.

ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) exibiu elevação de 2,6% e BANCO DO BRASIL ON (BBAS3) teve alta de 4,2%, puxando ganhos de grandes bancos. Analistas do BTG Pactual elevaram o preço-alvo para o papel do banco estatal e disseram que está “inquestionavelmente barato”.

IRB BRASIL ON (IRBR3) disparou 9,2%, terceira sessão seguida de alta e ganho mais intenso desde janeiro de 2021.

C&A ON (CEAB3), que não faz parte do Ibovespa, saltou 17,7%, maior alta desde abril de 2020 e após quatro sessões de quedas consecutivas. A ação veio renovando mínimas históricas nas últimas semanas.

ALLIAR ON (AALR3) reduziu 0,3%. A Comissão de Valores Mobiliários está investigando potencial insider trading de veículos de investimentos ligados ao investidor ativista Nelson Tanure durante o processo de aquisição da empresa de laboratórios, segundo documentos vistos pela Reuters. O papel não compõe o Ibovespa.

ENJOEI ON (ENJU3), que também não está no Ibovespa, teve queda de 6,4%, após o brechó online rescindir o contrato de aquisição da Gringa, plataforma de revenda de artigos de luxo, depois que o valor financeiro da opção de direito de retirada por acionistas ultrapassou o limite previsto em acordo.

ENAUTA ON (ENAT3), também fora do Ibovespa, disparou 7%. A petrolífera informou que decidiu não prorrogar as negociações exclusivas com a Karoon Energy para venda de 50% de participação no Campo de Atlanta. Segundo a Enauta, a valorização do petróleo, aliada a outros fatores operacionais recentes, aumentaram o potencial de geração do valor do projeto.

Com Reuters

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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