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Ibovespa (IBOV) fecha quase no zero a zero em dia carregado de volatilidade; tendência ainda é de alta?

05 dez 2023, 18:18 - atualizado em 05 dez 2023, 18:32
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Ibovespa tem pregão praticamente estável (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O Ibovespa (IBOV) sobreviveu por pouco à volatilidade do pregão nesta terça-feira (5). Acompanhando um dia morno em Wall Street, o índice apresentou uma leve valorização de 0,08%, a 126.903,25 pontos.

No cenário local, investidores repercutiram os números do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro referentes ao terceiro trimestre. O indicador que mede o crescimento da economia subiu 0,1% no período contra o trimestre anterior, acima da expectativas, visto que o mercado projetava retração.

Foi o terceiro trimestre consecutivo de alta, após recuo de 0,1% nos últimos três meses do ano passado.

“O resultado veio mais uma vez acima do esperado, com queda menor da agropecuária e resiliência dos serviços”, observa João Savigon, head de pesquisa de macroeconomia da Kínitro Capital, em comentário enviado a clientes.

O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, disse em evento que a inflação no Brasil surpreendeu para baixo, abrindo caminho para novas quedas nos juros. No entanto, Campo Neto reforçou que ainda existem incertezas dentro do cenário atual.

“A gente tem de fato uma inflação que está convergindo para o que o Banco Central esperava, nesse último número a inflação cheia veio um pouquinho acima, mas o qualitativo da inflação tem sido benigno, então a gente entende que, por ora, consegue seguir com esse espaço (para corte de juros). O problema não é nem tanto o espaço, mas a incerteza”, comentou.

Nos Estados Unidos, o Departamento do Trabalho apontou queda na criação de vagas de emprego, de 617.000 para 8,733 milhões, no último dia de outubro. Economistas consultados pela Reuters previam 9,30 milhões de vagas de emprego no mês.

PCAR3 salta e é destaque de alta

As ações do Grupo Pão de Açúcar (GPA – PCAR3) saltaram 12,32%, liderando as altas do Ibovespa na sessão. O forte desempenho chega em meio a rumores de que existe uma proposta para tornar a companhia uma “corporation”.

Entre as valorizações, destaque também para varejistas, como Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3), mesmo com movimento misto das taxas de juros.

Já dentre as baixas, as ações do agronegócio dominaram. A maior queda, no entanto, ficou para Vibra Energia (VBBR3), que perdeu 5,26%.

Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) recuaram, enquanto bancos tiveram dia positivo.

Rali se estende

No pregão passado, o Ibvovespa entrou em momento de correção, mas conseguiu permanecer acima da região de suporte, de 126.605 pontos.

De acordo com análise gráfica da Ágora Investimentos, superando esse nível, a continuidade para o índice é de tendência de alta. O próximo objetivo está em 129.500 pontos, enquanto a perda dos 126.605 pontos indicaria continuidade da queda até 124.817 pontos.

*Com informações da Reuters.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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