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Ibovespa engata 3ª alta seguida, para maior patamar desde outubro

20 jan 2022, 18:16 - atualizado em 20 jan 2022, 19:31
B3, Mercados, Ações, Ibovespa
O volume financeiro da sessão foi de 32,6 bilhões de reais (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

O principal índice da bolsa brasileira subiu nesta quinta-feira, mesmo perdendo fôlego no final, fechando no maior patamar desde outubro, novamente fugindo da queda vista em Nova York.

A alta generalizada dos papéis ligados à economia interna, como varejo, tecnologia e serviços deu impulso ao índice local, que agora soma três altas consecutivas.

Grandes bancos e empresas de siderurgia e mineração ficaram do lado oposto.

O Ibovespa (IBOV) subiu 1,01%, para 109.101,99 pontos, maior fechamento desde 20 de outubro. O volume financeiro da sessão foi de 32,6 bilhões de reais.

Na máxima do dia, o índice se aproximou dos 110 mil pontos e alcançou 109.873,35, enquanto na mínima foi a 108.014,50 pontos.

André Querne, sócio da Rio Gestão, disse que as ações de crescimento lideraram o desempenho do índice, enquanto as exportadoras de commodities e os grandes bancos, que estavam sustentando o Ibovespa, fecharam de lado ou em queda.

Esse apetite por risco, segundo ele, vem após pressão sobre as ações ligadas ao consumo interno nos últimos meses, o que as deixaram mais atrativas para investidores.

Além disso, ele citou a pausa na alta dos rendimentos dos títulos do governo norte-americano e algum alívio na cena fiscal doméstica, após a pressão de servidores por reajustes salariais ser menor do que o esperado.

“O mercado tinha um expectativa de uma paralisação de servidores mais forte na terça-feira…Como não foi muito forte, deu uma reduzida no risco”, disse ele, ponderando que investidores segue com a pauta no radar.

Na véspera, o presidente Jair Bolsonaro deixou em aberto um reajuste só para categorias de segurança pública.

Em Wall Street, os principais índices passaram viraram para baixo no final da sessão, depois de subirem no intradiário com investidores buscando por papéis baratos. O Nasdaq caiu 1,3%. Os rendimentos dos Treasuries se acomodaram ​​após atingirem máximas em dois anos mais cedo na semana.

Na Europa, o índice STOXX 600 teve alta de 0,5%, enquanto na China, ações subiram após o corte de taxas de juros no país para impulsionar a economia.

Destaques

Inter (BIDI11) disparou 13,2%, prorrogando ganhos da véspera, enquanto BTG Pactual (BPAC11) avançou 7,2%, maior alta desde fevereiro.

Méliuz (CASH3) saltou 8,3%.

B3 (B3SA3) disparou 8,1%, na maior alta diária desde março de 2020.

Petz (PETZ3) disparou 9,7%, na maior alta desde que a ação estreou na bolsa em 2020.

Magazine Luiza (MGLU3) avançou 5,4%, VIA (VIIA3) subiu 5,25%, e Americanas (AMER3) teve alta de 2,95%. As três estenderam ganhos da véspera.

Grupo Soma (SOMA3) valorizou-se 9,2%.

Alpargatas (ALPA4) interrompeu cinco sessões de queda e subiu 5,8%.

Localiza (RENT3) teve alta de 8,6% e Unidas (LCAM3) ganhou 8,3%.

Itaú Unibanco (ITUB4) caiu 0,8%, Bradesco (BBDC4) recuou 0,1% e Santander (SANB11) cedeu 1,1%.

Vale (VALE3) caiu 1,7% e Gerdau (GGBR4) cedeu 1,4%, mesmo com o preço do minério de ferro avançando, diante de novas medidas de flexibilização monetária na China.

Petrobras (PETR4) subiu 0,7%, enquanto Petrorio (PRIO3) avançou 0,9% e 3R Petroleum (RRRP3) caiu 1,6%.

O preço do petróleo caiu, após vários dias de alta.

CVC (CVCB3) subiu 10,5%, maior alta desde março de 2021.

Azul (AZUL4) avançou 7,5% e Gol (GOOL4) teve ganhos de 3,4%.

Jhsf (JHSF3) subiu 4,4%, após prévia operacional revelar queda nas vendas contratadas do quarto trimestre para incorporação ante mesmo período de 2020, enquanto vendas em shoppings subiram.

Tenda (TEND3) e Direcional,(DIRR3) que não estão no Ibovespa, avançaram 7,4% e 8,2%, respectivamente, também após números operacionais preliminares.

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