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JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) viram para alta após CPI; agora é hora de comprar

13 out 2022, 12:14 - atualizado em 13 out 2022, 12:15
JBS
Ação da JBS (JBSS3) vira o jogo e passa a subir após divulgação do CPI nos EUA. (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker/File Photo)

As ações de frigoríficos brasileiros abriram em forte volatilidade e viraram para cima nesta quinta-feira (13), especialmente companhias mais expostas à economia dos Estados Unidos, como o caso da JBS (JBSS3).

O motivo para o alarde está na divulgação da inflação ao consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês), cuja inflação anual subiu para 8,2% em setembro.

Por volta do meio-dia, as ações ordinárias da JBS subiam 1,66% a R$ 25,04. No mesmo instante, os papéis da Marfrig (MRFG3) e do Minerva Foods (BEEF3) avançavam 0,1% e 2,57% a R$ 10,38 e R$ 13,59, respectivamente.

A inflação de serviços nos EUA veio muito mais alta que o esperado, com as surpresas bem espalhadas, avalia Débora Nogueira, economista-chefe da Tenax Capital.

“O CPI nos EUA veio muito pior do que nossa expectativa e se configura em elemento novo no colo do Fomc. Nosso cenário considera mais 75 bps em novembro e 50 bps em dezembro. Mais não descarto duas alta seguidas de 75 bps pelo Federal Reserve“, complementa.

Hora de comprar ações

A volatilidade dos frigoríficos nesta quinta-feira abre uma janela de entrada nas ações, de acordo com o Itaú BBA. A preferência está concentrada nas ações de JBS e Minerva, afirma Gustavo Troyano, analista de ações.

A JBS segue com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 54 ao final de 2023, apesar da perpetuação de queda das margens do frango nos EUA, com preços 15% menores no terceiro trimestre ante o período anterior.

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) projeta que as exportações de carne de frango do Brasil devem crescer 4% em 2023, com demanda firme nos principais mercados, apoiada nos principais desafios enfrentados pelos concorrentes nas exportações da proteína avícola.

Todos os principais produtores, exceto a China, terão ganhos com o crescimento mais significativo no Brasil.

China quer churrasco

Já o Minerva tem preço-alvo de R$ 23 ao final de 2023, segundo o Itaú BBA.

A China é responsável em boa medida pelo otimismo da gestora em relação ao frigorífico brasileiro, que ainda deve contar com uma demanda robusta por bovinos no país asiático.

Os preços do boi gordo enfrentaram alguma volatilidade nesta semana, após casos em rebanho bovino na Bahia arremeterem à doença da “vaca loca”.

“O esclarecimento dos casos no rebanho baiano sem relação ao vírus da vaca louca nos levam a zerar qualquer impacto negativo aos frigoríficos em nossa cobertura”, afirma Troyano.

A Agrifatto, consultoria com entrada em frigoríficos de grande porte, informa que a China não pediu novas informações diante do episódio recente da Bahia.

O principal problema da China, na visão de gestores de recursos, é a sua reabertura econômica conturbada. Além do estresse com a política do Covid Zero, o país ainda lida com uma crise imobiliária, impondo risco ao crescimento econômico.

Marfrig é a mais arriscada

Entre os três frigoríficos mencionados, a Marfrig reserva o maior grau de risco no momento de acordo com o Itaú BBA, com recomendação neutra e preço-alvo de 26 ao final de 2023.

O fim do ciclo de gado nos EUA e a consequente diminuição das margens pressionam a tomada de decisão dos investidores, com a falta de clareza da empresa em relação às expectativas nos próximos anos.

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Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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