Bancos

Morgan Stanley vê crescente risco de capitulação para ações

19 set 2022, 7:51 - atualizado em 19 set 2022, 7:51
Morgan Stanley
Investidores macro globais esperam elementos de deslocamento do mercado, uma vez que permanecem com posições vendidas líquidas em ações e “miram um risco tático para a taxa terminal dos EUA (Imagem: Reuters/Russell Boyce)

As chances de capitulação nos mercados acionários começam a aumentar. Hedge funds macro agora precificam um cenário mais extremo para uma onda vendedora global, de acordo com estrategistas quantitativos do Morgan Stanley.

Investidores macro globais esperam elementos de deslocamento do mercado, uma vez que permanecem com posições vendidas líquidas em ações e “miram um risco tático para a taxa terminal dos EUA e para o rendimento dos Treasuries de 10 anos acima de 5% e 4%, respectivamente”, disseram estrategistas como Gilbert Wong em nota. “Estar ‘overweight’ em dinheiro é a melhor maneira de se proteger.”

Fundos projetam que os valuations das ações na Ásia/mercados emergentes e nos EUA caiam entre 5% e 6% em relação aos níveis atuais, o que implica que o índice MSCI Emerging Market esteja próximo da projeção de meta baixista de 890, e uma nova mínima para o acumulado do ano de 3.600 para o S&P 500, segundo cálculos do banco de investimentos.

A aposta em uma tendência baixista foi reforçada desde que os EUA anunciaram dados de inflação acima do esperado, mas essa percepção pode piorar no curto prazo, já que as posições vendidas foram cobertas em meio a quedas e a volatilidade permanece bem abaixo dos níveis vistos nos momentos de pico de medo do mercado.

Aumentos significativos das taxas de juros aplicados pelos principais bancos centrais, com exceção da China e do Japão, colocaram as economias globais à beira da recessão e os mercados acionários rumo a um “bear market”. Depois de sonhar por muito tempo com um giro “dovish”, ou seja, de alívio da política monetária, investidores acordam para a sombria realidade de terem que aguentar altas contínuas e elevadas dos juros em um esforço dos bancos centrais para frear a inflação.

Wong e equipe aconselham investidores a “ficarem na defensiva até que a capitulação” ocorra. E recomendam incluir ações de crescimento de qualidade no portfólio em meio a qualquer onda vendedora e evitar papéis com atributos de baixa qualidade e crescimento que não dê lucro.

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