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MRV (MRVE3) ou Tenda (TEND3): Veja qual construtora se saiu melhor no 1T22, segundo BTG

19 abr 2022, 17:23 - atualizado em 19 abr 2022, 17:23
MRV MRVE3
MRV reportou R$ 1,52 bilhão em vendas líquidas no primeiro trimestre de 2022 (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

Na segunda-feira (18), MRV (MRVE3) e Tenda (TEND3) divulgaram suas respectivas prévias operacionais do primeiro semestre deste ano. Para o BTG Pactual, ambas as empresas apresentaram números fracos, mas ainda representam uma opção viável de investimento.

Na análise do banco, o aumento do custo da construção civil, que acumula alta de 11,63% nos últimos 12 meses, segundo o INCC-M, continua sendo um desafio para as incorporadoras com foco em imóveis de baixo padrão, que operam com margens apertadas devido à impossibilidade de repasse.

Isso acontece porque o valor final dos imóveis deve estar dentro dos critérios estabelecidos pelo programa Casa Verde e Amarela (CVA), do governo federal, que financia moradias de até R$ 264 mil.

Trimestre da MRV é marcado por queima de caixa e boa operação nos EUA

Considerando somente as operações no Brasil, a MRV reportou R$ 1,52 bilhão em vendas líquidas no primeiro trimestre de 2022, queda de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Por outro lado, a AHS, subsidiária da construtora nos Estados Unidos, apresentou bom desempenho no trimestre, justificado pela venda de um projeto por US$ 50 milhões, com lucro bruto de US$ 19 milhões, o que representou 38% de margem bruta sólida.

Ainda assim, os resultados apresentados pela incorporadora foram fracos, na avaliação do BTG, uma vez que a empresa realizou um grande consumo de caixa, de R$ 834 milhões, dos quais 42% foram utilizados na compra antecipada de materiais de construção para driblar a inflação.

“O curto prazo para desenvolvedores de baixa renda parece desafiador, principalmente com pressões de margem. Mas as operações da MRV nos EUA estão crescendo bem, compensando parcialmente os impactos do curto prazo. Mantemos uma classificação de compra na MRV”, destacou o banco em relatório.

Tenda eleva preço médio por unidade para recuperar rentabilidade

A Tenda, por sua vez, divulgou R$ 579 milhões em vendas líquidas em sua prévia operacional do primeiro trimestre de 2022, queda de 18% comparado a igual período do ano anterior.

LEIA TAMBÉM: Ação da Tenda (TEND3), que afunda mais de 70% no ano, volta a cair com prévia; veja o que diz o BTG

Durante o trimestre, a construtora lançou sete projetos com valor potencial de vendas de R$ 467 milhões. O preço médio de venda foi de R$ 176,3 mil por unidade, aumento de 18% em relação ao mesmo período em 2021.

Segundo o BTG, o aumento no valor dos imóveis faz parte da estratégia da incorporadora para recuperar sua rentabilidade.

“Os resultados operacionais da Tenda no primeiro trimestre foram fracos e em linha com as nossas projeções, com a empresa reduzindo os volumes de lançamentos/vendas e aumentando os preços”, ressaltou.

Por fim, o BTG manteve sua recomendação de compra para a Tenda, com a ressalva de que o modelo de avaliação será revisado.

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Repórter
Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.
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