Economia

Nova alta no IPCA pode apagar trimestre de deflação; o que esperar da inflação de novembro

08 dez 2022, 10:46 - atualizado em 08 dez 2022, 10:46
Supermercado, RJ - IPCA, Inflação
O grupo de Transportes deve registrar a maior contribuição no IPCA de novembro. (Imagem: Reuters/Pilar Olivares)

Entre julho e setembro, o mercado viveu algo inédito: foram três meses seguidos de deflação. Só no período, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou uma queda de 1,33%.

No entanto, o indicador de novembro já pode começar a apagar de vez essa queda. Em outubro, a inflação avançou 0,59%; para o mês passado, a expectativa do mercado é de uma nova alta no patamar de 0,5%.

“A última divulgação do IPCA-15 apontou para considerável aceleração com leitura de 0,53%, dando sinais de possível reversão a um patamar positivo”, afirma Felipe Sichel, economista-chefe do Banco Modal.

Felipe destaca que, por mais que a Black Friday possa trazer um certo alívio para o IPCA, o grupo de Transportes deve registrar a maior contribuição no período, com alta de 0,93%. O segmento voltou a subir após as medidas do governo de controle dos preços dos combustíveis perderem força.

O avanço da inflação deve ser liderado pela gasolina, que deve ter o maior avanço desde maio deste ano, embora ainda seja parcialmente aliviado por passagens aéreas com deflação de 9,48%.

Já Alimentação e Bebidas ficariam em segundo lugar, com alta de 0,78%. Este resultado é proveniente de uma aceleração de Alimentação no Domicílio (0,91% vs. 0,80% anterior) e de um pequeno arrefecimento de Alimentação Fora do Domicílio (0,47% vs. 0,49%).

Inflação nos serviços

O setor de serviços é o que mais estava se mostrando persistente quando o assunto era inflação.

No entanto, Raone Costa, economista-chefe da Alphatree Capital, destaca que os números de serviços podem vir um pouco mais fracos, o que pode agradar o Banco Central – ontem, o Copom optou por manter a Selic em 13,75% ao ano.

“Essa novidade que é a queda de preço e serviço é muito recente, mas com certeza está dando respiro para o Banco Central”, afirma.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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