Economia

Para Toffoli, falta de coordenação no combate à Covid-19 prejudica retomada da economia

19 maio 2020, 18:15 - atualizado em 19 maio 2020, 18:15
Dias Toffoli
Toffoli afirmou que o Ministério da Economia pode contribuir mais e deve ser acionado pelas centrais (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, afirmou nesta terça-feira, em videoconferência com centrais sindicais, que a falta de coordenação de ações no combate à pandemia de Covid-19 prejudica a retomada da economia.

No encontro, segundo nota distribuída pela assessoria de comunicação da presidência do STF, Toffoli debateu a situação dos trabalhadores diante da pandemia da Covid-19, tendo como destaque a questão do desemprego e a precariedade das relações de trabalho no momento, além da necessidade de ações articuladas para garantir a retomada das atividades do setor produtivo.

“Nós estamos há dois meses sem perspectiva, essa é a verdade. Falta coordenação, falta orientação, faltam medidas que nos deem tranquilidade. Estou convicto de que a sociedade, tendo os sindicatos como representantes dos trabalhadores, deve apresentar uma proposta”, disse o presidente do STF, conforme a nota.

Toffoli afirmou que o Ministério da Economia pode contribuir mais e deve ser acionado pelas centrais.

Há duas semanas, o presidente Jair Bolsonaro levou um grupo de empresários para uma audiência de última hora com Toffoli para reclamar das restrições impostas por Estados e municípios à indústria e ao comércio durante a epidemia de coronavírus, e afirmou que as consequências econômicas estão “batendo à porta”.

Em resposta, o presidente do STF disse na ocasião que o governo deveria fazer uma coordenação do Executivo com os demais Poderes e com os governos estaduais.

No STF, a decisão do presidente de se dirigir a pé do Palácio do Planalto com ministros e empresários ao Supremo para cobrar medidas de flexibilização do isolamento social em razão do novo coronavírus foi vista como um jogo midiático que tenta dividir responsabilidades exclusivas do governo com a corte, disseram fontes do tribunal à Reuters.

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