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Roberto Justus e o seu interesse pelo mercado financeiro: “A mim os bancos não enrolavam para enfiar produtos que não interessavam”

07 ago 2021, 10:20 - atualizado em 27 ago 2021, 16:20
Roberto Justus, apresentador e empresário
O empresário e apresentador contou sobre seus novos negócios e comentou a importância de sempre buscar conhecimento, em novo episódio do podcast Mesa Pra Quatro. Imagem: Divulgação.

Apesar de aparecer bastante em noticiários de celebridades e já ter seu nome e rosto conhecidos em todo o Brasil, Roberto Justus é categórico ao afirmar: “Não me considero artista. Me considero um empresário que foi para a televisão”. 

No episódio #8 do podcast Mesa Pra Quatro, Justus conversou com Dan Stulbach, Teco Medina e Caio Mesquita sobre carreira, negócios, investimentos e muito mais. Você pode dar play abaixo ou conferir os principais destaques da conversa nos próximos parágrafos:

A maioria dos investimentos de Justus está fora do Brasil

Em 2015, Roberto Justus vendeu sua empresa de publicidade, a Newcomm, mas não se sentia pronto para “parar” de vez, apesar de já ter chegado aos 60 anos e ter um patrimônio robusto. 

Foi assim que, em 2017, ele resolveu se aventurar no mercado financeiro como empresário e se tornou sócio da Nest Asset Management, uma gestora de recursos que hoje administra três fundos. O apresentador também tem planos de entrar no negócio de wealth management (gestão de grandes fortunas), através de uma nova empresa, chamada Legend. 

Mas a história de Justus com o mercado financeiro vem desde muito antes de ele se tornar um empresário do ramo. Ele conta ao Mesa Pra Quatro que sempre foi um investidor muito atento. 

“A mim os bancos não enrolavam para enfiar produtos que não interessavam”, afirma Roberto Justus. 

O empresário afirma que grande parte dos seus investimentos está fora do Brasil, em moeda forte. Quanto ao seu perfil de investidor, ele diz ser mais agressivo do que deveria. 

Bitcoin demitido?

Por muito tempo, Roberto Justus foi mais cético quanto às criptomoedas. “Eu sempre fui muito mais Warren Buffett do que Elon Musk nesse sentido”, ou seja, sempre preferiu investir em empresas mais tradicionais do que em novos empreendimentos disruptivos. Mas o jogo virou e agora o apresentador tem até sua própria moeda digital. 

Trata-se da WiBX, que tem como objetivo transformar a relação dos influenciadores com as marcas, em um sistema de recompensas que elimina a necessidade de intermediários, como Facebook e Google, que ganha dinheiro com anúncios e acabam “centralizando” a influência digital. 

Com o utility token, WiBX, o influenciador (pequeno ou grande) pode transformar suas indicações em dinheiro. Quanto mais divulgação e retorno você dá para uma determinada, é recompensado com a moeda WiBX, que depois pode ser trocada por reais. 

O empresário conta que recentemente vendeu um imóvel em Miami por criptomoedas e revela que investe uma pequena parte de seu patrimônio em um fundo internacional com exposição à bitcoin.

Determinação e humildade são essenciais para começar um novo empreendimento

Após muitos anos aconselhando novos empreendedores através de “O Aprendiz” e tendo no currículo diversos empreendimentos com faturamentos incríveis, Roberto Justus adquiriu a reputação de ser um empresário bem-sucedido. No episódio do Mesa Pra Quatro, ele comentou alguns princípios que sempre o moveram em sua trajetória profissional. 

O apresentador conta que sempre foi muito curioso e teve muito interesse em diversos assuntos. “Eu nunca me achei gênio, sempre me achei acima da média no sentido do interesse. Eu era menos interessado na bagunça e mais em realizar alguma coisa”, relata.

“Eu sempre fui muito observador. E uma coisa que eu sempre falo pros jovens é: seja curioso, pergunte os porquês”, diz Justus. 

Entre as coisas mais fundamentais para um empreendedor, o apresentador cita a determinação e a humildade, uma vez que no início do negócio, surgirão diversos desafios. Entre os seus princípios, ele reforça a educação e o bom caráter e afirma que sempre buscou crescer “sem ter que puxar o tapete de ninguém”. Para ele, é importante que as pessoas tenham um repertório próprio e busquem sempre conhecimento, uma herança que veio de seu pai, imigrante húngaro que prosperou como empresário no Brasil. 

“Não adianta estar tudo no Google. Tem que estar na sua mente, você tem que ter repertório”, diz Roberto Justus no Mesa Pra Quatro #8. 

A TV aberta não morreu, mas não tem mais o mesmo impacto de antes

Ao final, Roberto Justus comentou sobre os comerciais na televisão e o novo cenário de influenciadores digitais. Para ele, os comerciais televisivos ainda têm efeito, mas não se compara ao seu impacto no passado. No entanto, ele reforça: “Não dá pra menosprezar a mídia aberta”.

Quanto aos influenciadores e a parceria com marcas, ele afirma que é preciso ter uma adequação entre o que o influencer “prega” e o que ele vai divulgar, para que a publicidade faça sentido. “Eu prefiro a autoridade do que a notoriedade”, diz. 

Por fim, após tantos empreendimentos de sucesso, Justus conta que continua em atividade, mas hoje em dia prioriza mais o tempo com sua família. “Agenda vazia é o poder do homem, porque ele decide onde ele vai ser útil”, finaliza. 

Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduanda na ESPM. É coordenadora de marketing do Seu Dinheiro e do Money Times. Entrou para o mercado financeiro inesperadamente e está sempre disponível para falar sobre inovação, criatividade e cultura pop.
Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduanda na ESPM. É coordenadora de marketing do Seu Dinheiro e do Money Times. Entrou para o mercado financeiro inesperadamente e está sempre disponível para falar sobre inovação, criatividade e cultura pop.
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