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São Martinho (SMTO3): Ação está cara e escorrega após balanço puxado por etanol

09 ago 2022, 12:03 - atualizado em 09 ago 2022, 12:17
São Martinho
Mercado entende que ganhos com etanol já estão precificados nas ações da São Martinho (SMTO3). (Imagem: Reprodução/São Martinho)

A ação da São Martinho (SMTO3) escorrega quase 2% nesta terça-feira (9), com a avaliação de que “o papel já está caro“, após reportar balanço do segundo trimestre (2T22) impulsionado pela venda de etanol.

Por volta do meio-dia, as ações ordinárias da São Martinho caíam 1,5% a R$ 33,90 cada.

A empresa lucrou R$ 221,6 milhões no primeiro trimestre da safra 2022/23 (período equivalente ao 2T22), alta de 16,6% na comparação anual.

Boa parte dessa performance se deve ao resultado obtido com a venda de etanol, que renderam R$ 1,04 bilhão à São Martinho, um salto de 83,4% em base anual.

Já está “no preço”

A São Martinho teve um resultado satisfatório na avaliação dos profissionais de mercado. Porém, acabou caindo na velha máxima: sobe no boato e realiza no fato.

A Eleven Financial tem recomendação neutra para a São Martinho, com preço-alvo de R$ 33 nos próximos 12 meses.

A analista de renda variável Diana Stuhlberger destaca que o mix de produção da empresa caiu no trimestre, mas foi compensado por volumes maiores de preços de etanol. Acontece que tais preços já não são os mesmo no mercado atual.

“A São Martinho adiou comercialização do açúcar para os próximos trimestres prevendo preços maiores. Em termos de produção de cana-de-açúcar, o início tardio da safra resultou numa queda de 10,5% a/a, embora a companhia ainda mantenha seu guidance de aumento de 2% ante a safra 2022/23″, diz Stuhlberger.

O que esperar?

A XP Investimentos também tem recomendação neutra para a São Martinho e explica que os ganhos com etanol já foram precificados pelo mercado.

Os analistas da corretora alertam que o cenário à frente de preços para o açúcar e o etanol são incertos e limitam o potencial de valorização da São Martinho.

As preocupações com uma recessão global pesaram sobre as commodities, provocando uma liquidação mesmo para setores onde a oferta ainda não é melhor. Com a inflação em destaque e os governos aumentando as alíquotas de impostos, a demanda pode ser menor do que o previsto”, afirmam Leonardo Alencar e Pedro Fonseca

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Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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