Economia

Secretário do Tesouro vê 2022 desafiador com cenário mundial e eleições, mas fiscal “satisfatório”

29 dez 2021, 16:11 - atualizado em 29 dez 2021, 16:11
Valle ponderou que o Banco Central do Brasil está à frente da curva de juros após aceleração na Selic (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, afirmou nesta quarta-feira que o governo deve encerrar o ano com uma situação fiscal “satisfatória”, ponderando que a chegada de 2022 inspira preocupações com o cenário econômico mundial e as eleições presidenciais no Brasil.

Em entrevista para comentar o resultado primário de novembro, Valle disse que a estimativa para o saldo de 2021 pode ficar próxima a um déficit de 70 bilhões de reais. O dado efetivo dependerá da execução orçamentária de dezembro e do chamado empoçamento, verbas disponibilizadas aos ministérios, mas que acabam não executadas.

“Não estou dizendo que o cenário está tranquilo, pandemia ainda afeta economia e cenário para 2022 é desafiador, temos ano eleitoral com potencial de gerar volatilidade, mas é ano fiscal mais curto”, disse.

Segundo ele, o governo tem preocupação com a elevação de taxas de juros nos Estados Unidos e com a elevação da inflação no mundo.

Valle ponderou que o Banco Central do Brasil está à frente da curva de juros após aceleração na Selic, o que, para ele, deve ter efeito positivo sobre a inflação.

O secretário disse ainda que o Tesouro tem caixa para pagar quase dez meses de vencimentos da dívida.

“Estamos bem posicionados para enfrentar o ano, que não vai ser tranquilo”, afirmou.

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