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SP reforça em 12% no ano exportação do agro basicamente processado

28 out 2021, 14:46 - atualizado em 28 out 2021, 14:59
Exportações
Embarques de produtos de mais valor agregado dominam pauta paulista do agro (Imagem: REUTERS/Stringer)

De janeiro a setembro as exportações do agronegócio paulista avançaram 12,4% na comparação anual e consolidam o panorama tradicional de que a pauta do estado é majoritariamente dominada por produtos processados.

Inclusive, dos principais grupos setoriais, pelo menos dois contam com pequena base produtora de matérias-primas em São Paulo, casos das carnes e complexo soja.

A maior parte carne bovina, que domina (86,6% em valores) a rubrica de proteínas animais exportadas (US$ 2,02 bilhões), é processada fora e transferida para as unidades de São Paulo dos frigoríficos para serem exportadas.

Em relação à soja, também as processadoras precisam importar mais grãos dos outros estados do que os produzidos internamente para transformação em óleo e farelo, que participaram com a quase totalidade na receita de US$ 2,17 bilhões no acumulado até setembro.

As indústrias de café e de produtos florestais igualmente necessitam de mais importações de outros estados, embora menos do que os outros grupos. Respectivamente, internaram US$ 496,1 milhões e US$ US$ 1,19 bilhão (52% de papel e celulose).

No geral do ano, segundo o levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), do governo de São Paulo, as exportações da cadeia da agropecuária totalizam US$ 14,3 bilhões, com a balança comercial apresentando superávit de pouco mais de US$ 11 bilhões.

E foram responsáveis pelo avanço do “PIB” do agronegócio em 13,1% nos primeiros nove meses do ano.

Na cabeceira entre todas as cadeias produtivas, desde sempre está a sucroalcooleira, vendendo ao exterior US$ 4,84 bilhões, sendo 87,7% de responsabilidade do açúcar.

Outro setor também com cara de paulista é o de sucos, que internou US$ 1,2 bilhão em receitas, onde a laranja foi responsável por 92%.

No cômputo geral, o IEA-Apta apontou que todos obtiveram variações positivas de janeiro a setembro.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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