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Terra (LUNA): Binance disse que empréstimos da rede eram seguros, semanas antes da implosão

23 maio 2022, 13:29 - atualizado em 23 maio 2022, 13:29
Terra LUNA Binance
Depois do desastre da rede Terra, Binance disse que está revisando suas campanhas sobre projetos cripto (Imagem: Crypto Times)

A maior corretora de criptomoedas do mundo — Binance — disse aos investidores que fazer o staking da stablecoin da rede TerraTerraUSD (UST) — era uma decisão “segura e feliz”, semanas antes do colapso de UST.

Segundo o Business Insider, a corretora cripto divulgou um programa de empréstimos no Telegram, no dia 6 de abril. A mensagem falava sobre um rendimento de 20% para clientes que fizessem o staking de Terra.

No entanto, a Binance não mencionou os riscos envolvidos na operação, ao enviar a mensagem original, que alcançou 117 mil pessoas.

Participantes e entusiastas do mundo cripto recorrem, com frequência, a aplicativos de mensagens como Telegram, devido à sua criptografia e privacidade.

Depois, a Binance atualizou o site ao qual a mensagem estava vinculada, com uma declaração que dizia que a negociação de criptomoedas “está sujeita a alto risco de mercado”.

A corretora de criptomoedas disse ao Financial Times que está “revisando como campanhas para projetos, como Luna, são avaliadas, antes de serem divulgadas”.

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da rede Terra (LUNA)?

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A implosão da stablecoin de Terra começou no dia 8 de maio, e levou à perda de US$ 40 bilhões em poucos dias, tornando-se um dos maiores colapsos da história do mercado cripto.

Dois dias depois, Binance suspendeu os saques de LUNA, token de governança de Terra cujo preço está atrelado à UST, citando “um alto volume de saques pendentes” causados pela congestão na rede.

A perda de LUNA foi praticamente absoluta, visto que o token atingiu uma fração de centavo. No momento de publicação desta notícia, a criptomoeda estava cotada a US$ 0,0001864, segundo dados do CoinMarketCap.

A stablecoin de Terra também teve um destino semelhante, pois estava cotada a US$ $0,06647, no momento de publicação desta notícia.

No entanto, na semana passada, o fundador de Terra, Do Kwon, anunciou um plano para ressuscitar a rede, que envolveria fazer uma bifurcação (“fork”) no blockchain.

A proposta foi colocada para votação no fórum de governança de Terra na última quarta-feira (18), e o resultado deverá ser divulgado nesta semana.

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Porém, antes da votação oficial, o fórum de governança de Terra propôs uma enquete preliminar sobre o assunto. Cerca de 7 mil pessoas participaram, sendo 91% delas contra o “fork” do blockchain.

Apesar de a enquete preliminar não ser uma votação de governança oficial e não exigir a detenção de LUNA para votar, ela forneceu uma forte indicação da direção para a qual a comunidade estava pendendo.

A proposta de “fork”, apresentada pelo fundador de Terra, foi criticada inclusive pelo CEO da Binance, Changpeng Zhao, no Twitter.

“Isso não irá funcionar. Fazer uma bifurcação não dá ao novo blockchain qualquer valor. Isso é ilusão”, disse Zhao.

Porém, como a votação oficial depende da quantidade de tokens de governança de cada usuário participante, o futuro de Terra poderá ir contra a vontade da comunidade.

Na última sexta-feira (20), 80% dos votos estavam a favor do “fork” do blockchain, com somente 15% contra.

Caso os votos contra alcancem 33,4%, o plano de Do Kwon será descartado, apesar do suporte majoritário de validadores.

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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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