Mercados

Vale (VALE3): Mantega abrirá mão de ir para conselho, diz Folha; ação sobe

26 jan 2024, 14:30 - atualizado em 26 jan 2024, 14:42

Guido Mantega

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega irá divulgar uma carta abrindo mão de um cargo no conselho da Vale (VALE3), informa a Folha de S. Paulo. O ex-ministro dos governos petistas foi sondado para assumir um cargo e até a presidência na mineradora, o que deixou gestores e parte do mercado preocupados.

Segundo o jornal, o movimento foi articulado pelo próprio presidente Lula. A ideia, de acordo com a reportagem, é que isso seja visto como um sinal para a mineradora privada escolher um outro nome para o cargo de presidente, sem reconduzir Eduardo Bartolomeo, que está no cargo atualmente.

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A articulação também teria o apoio do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Na bolsa, as ações reagiram, com o papel subindo quase 2%. A ação iniciou o dia em queda. Veja no gráfico abaixo:

De acordo com O Globo, o conselho de administração da Vale deve se reunir até a próxima semana para definir o futuro de seu atual CEO, Bartolomeo, que comanda a mineradora desde 2019 e cujo mandato vence em maio.

Gestores reprovam atitude

De acordo com o Valor Econômico, os gestores ficaram insatisfeitos com a insistência do governo em tentar emplacar o nome de Mantega, que não possui experiência no setor. O economista vem sendo ventilado na companhia desde o ano passado.

“Sob o aspecto técnico, estamos falando de [indicação de] um executivo, e mesmo para posição de conselho, os investidores mais sérios, mais de longo prazo, que obviamente têm os seus posicionamentos, não se deixam influenciar, muito pelo contrário. Em muitas situações os investidores não entendem como saudável esse tipo de ação”, disse uma fonte ao jornal.

A estratégia do governo era utilizar a participação do Previ, fundos de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, que possui 10% na Vale, além de uma aproximação com a japonesa Mitsui, que possui fatia de 5% da companhia, para aumentar a influência da indicação.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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