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Novo ETF visa rastrear empresas de mineração cripto que são “amigas” do meio ambiente

20 jul 2021, 12:03 - atualizado em 20 jul 2021, 12:13
Para sua composição, o ETF RIGZ rastreará o desempenho de empresas que mineram criptomoedas de forma sustentável (Imagem: Reuters/Brendan McDermid)

A gestora de ativos Viridi Funds lançou seu primeiro produto: um fundo negociado em bolsa (ETF, na sigla em inglês) focado no setor de mineração de criptomoedas.

Chamado de Viridi Cleaner Energy Crypto-Mining & Semicondutor ETF (RIGZ), o fundo irá investir em empresas de infraestrutura envolvidas na mineração de criptomoedas, listadas na bolsa e focadas no impacto ao meio ambiente.

O ETF está listado na plataforma Arca, da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), sob o ricker RIGZ, e possui uma taxa de despesa de 0,90%.

Quando perguntado como o fundo irá especificamente selecionar empresas de mineração cripto que utilizam energias renováveis, Wes Fulford, CEO da Viridi Funds, contou ao The Block que a empresa possui um algoritmo interno e próprio de exibição que irá ajudá-la a selecionar empresas com base em sua atual e planejada fonte energética.

Além do algoritmo, Viridi irá analisar empresas pela perspectiva de métricas financeiras, segundo Fulford, que já foi CEO da empresa de mineração cripto Bitfarms, listada na Venture Exchange da Bolsa de Valores de Toronto (TSX:BITF) e que, recentemente, recebeu aprovação para ser negociada na Nasdaq.

Bitfarms é a segunda maior investidora do ETF RIGZ, com quase 10% de ativos líquidos na ação do fundo, segundo seu site. Outros investidores principais do fundo incluem Marathon Digital Holdings (MARA), Hut 8 Mining (HUT.TO), Samsung Electronics (KRX:005930), Nvidia (NVDC34), Advanced Micro Devices (AMD), dentre outros.

“Estamos tentando ser uma oferta exclusivamente dedicada à infraestrutura cripto” ao investir em empresas relacionadas a todo o espectro da mineração cripto, afirmou Fulford.

Também é provável que o ETF tenha exposição indireta ao bitcoin (BTC) e a outras criptomoedas, bem como a empresas de mineração listadas em bolsa que, geralmente, possuem alocação nesses criptoativos em suas reservas, explicou Viridi.

A solicitação do ETF RIGZ foi enviada em abril, quando o bitcoin estava sendo negociada a US$ 64 mil. Neste momento, a maior criptomoeda do mundo está custando US$ 29,7 mil.

Quando perguntado se o momento do lançamento do ETF era preocupante, Fulford respondeu: “eu preferia comprar [o bitcoin] nos níveis atuais do que os de fevereiro e março, dada a inflação de algumas das ações naquele momento. É um melhor ponto de partida ou de entrada para um novo fundo estar aplicando capital no setor”.

Na verdade, diversas ações de empresas de mineração cripto estavam sendo negociadas a níveis mais altos e, até mesmo, tendo um desempenho melhor do que os retornos em bitcoin este ano, segundo o painel de dados do The Block.

Desde então, preços de ações, bem como o preço do bitcoin, caíram drasticamente.

Viridi Funds possui financiamento de diversos investidores, incluindo CoinShares (CS.ST), Alameda Ventures, Luxor Technology, Fundamental Labs e Mechanism Capital. Fulford se negou a comentar quanto a empresa arrecadou desses investidores.

Pensando no futuro, Viridi planeja lançar mais “produtos temáticos” com foco no ecossistema cripto, afirmou Fulford.

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