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Petrobras despenca 8% após ameaças de Bolsonaro

19 fev 2021, 18:40 - atualizado em 19 fev 2021, 18:43
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Com isso, a ação preferencial (PETR4) da Petrobras despencou 6,63%, a R$ 27,33 (Imagem: REUTERS/ Paulo Whitaker)

As ações da  Petrobras fecharam em forte queda nesta sexta-feira, liderando as perdas do Ibovespa (IBOV), com a repercussão a ameaças verbalizadas na véspera pelo presidente Jair Bolsonaro diante dos sucessivos reajustes de preços praticados pela petrolífera.

Com isso, a ação preferencial (PETR4) da Petrobras despencou 6,63%, a R$ 27,33, enquanto o papel ordinário (PETR3) recuou 7,92%, a R$ 27,10. O Ibovespa perdeu 0,64%, a 118.430,53 pontos.

Bolsonaro afirmou em transmissão na noite da véspera que “obviamente” vai ter consequência a fala do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, que dias atrás havia dito que a ameaça de greve de caminhoneiros não era problema da empresa.

Na véspera, a Petrobras anunciou reajustes no preço do diesel e da gasolina, a partir desta sexta-feira.

Mais cedo, Bolsonaro reiterou que mudanças serão feitas na Petrobras.

“Anuncio que teremos mudança sim na Petrobras”, disse o presidente durante viagem a Sertânia, em Pernambuco, para inauguração de uma obra. Bolsonaro, entretanto, afirmou que “jamais” vai interferir na estatal e não detalhou quais mudanças serão realizadas.

“Mas o povo não pode ser surpreendido com certos reajustes”, disse ele. “Façamos mas com previsibilidade, é isso que queremos.”

Bolsonaro disse ainda que exige e cobra transparência daqueles que indica para cargos depois de, em transmissão ao vivo em suas redes sociais na véspera, criticar fala do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. O preço do diesel é a principal reclamação da categoria.

Para a XP, a questão ganha ainda mais relevância tendo em vista o ambiente atual positivo para preços de petróleo com as expectativas de vacinação nos países desenvolvidos e um cenário de oferta mais restrito — provocado, recentemente, pela nevasca nos Estados Unidos, afetando a produção petrolífera.

“Continuamos a ver riscos para os resultados futuros da Petrobras tanto em termos de menores margens de refino como também devido a riscos de que a companhia tenha que realizar importações a prejuízo para manter o mercado local abastecido”, concluem os especialistas da corretora.

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reuters@moneytimes.com.br
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