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Por que os Fiagros de papel têm atraído investidores?

12 jan 2022, 15:07 - atualizado em 12 jan 2022, 15:07
Agronegócio, Soja, BrasilAgro
Número elevado de Fiagros de papel tem chamado a atenção (Imagem: YouTube/BrasilAgro)

Os Fiagros pouco a pouco entram no vocabulário do investidor brasileiro.

Sigla para “Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais”, eles são bem recentes no mercado financeiro e tentam reproduzir o sucesso dos fundos imobiliários, que somam 1,540 milhão de investidores pessoas físicas, de acordo com os dados mais recentes da B3 (B3SA3).

O que tem chamado a atenção entre os Fiagros registrados ou em processo de análise é o elevado número de fundos caracterizados como de “papel”.

De acordo com o advogado Nicolas Paiva, especialista em Direito Imobiliário e sócio do escritório Silveiro Advogados, um recente levantamento para o mercado financeiro apontou que mais da metade das ofertas de Fiagro são de papel.

Até o dia 21 de novembro do ano passado foram registradas nove ofertas de Fiagro e nove pedidos estão sob análise da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Por que o interesse?

Fiagros de papel podem ser usados para proteger a carteira do investidor contra a inflação

Os Fiagros de papel são os fundos que têm carteiras focadas em recebíveis do agronegócio, isto é, atuam com títulos ou valores.

Nesse sentido abrangem os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), assim como Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) ou do Agronegócio (LCAs), entre outros.

Por se tratar de fundos que financiam o agronegócio, os índices utilizados pelas gestoras normalmente estão atrelados à inflação, CDI e taxa Selic, destaca Paiva.

“Considerando que estes índices estão em ascensão, provavelmente a taxa de rendimento deve acompanhar essa subida e, consequentemente, estes fundos e entregar bons resultados aos cotistas”, afirma.

Outro ponto atrativo é que os Fiagros podem ser utilizados como mecanismo de proteção da carteira do investidor à alta da inflação, que não se limita apenas ao Brasil, e também é observada em diversos países, como os Estados Unidos.

Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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