Qual a chance da eleição para presidente acabar no 1º turno?

As últimas pesquisas eleitorais, divulgadas nesta semana, mostram uma aparente estagnação do crescimento que o presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentava e um retorno do crescimento, mesmo que pequeno, de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os dados ainda mostram que, em termos de votos válidos, o petista se aproxima da possibilidade de conseguir mais de 50% dos eleitores e, assim, vencer a disputa para a presidência ainda no primeiro turno.

Desde 1989, quando o Brasil iniciou o processo de redemocratização com voto direto para presidente, foram oito disputas e em apenas duas oportunidades a eleição acabou em apenas um turno. Em 1994 e 1998, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) precisou de apenas uma votação para vencer.

Eleitores querem que acabe no primeiro turno

A pesquisa Ipespe divulgada neste sábado (17) mostra que 68% dos eleitores brasileiros preferem que as eleições presidenciais sejam decididas no 1º turno. O levantamento mostrou que 13% preferem que o pleito seja decidido no 2º turno e 19% disseram que tanto faz.

Divulgada nesta terça-feira (20), a pesquisa Genial / Quaest mostra que 26% dos eleitores que declaram voto em Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e em outros candidatos dizem que mudariam seu voto para que o petista vença Jair Bolsonaro (PL) já no dia 2 de outubro.

Na prática, 1 em cada 4 eleitores está propenso a entrar na onda do voto útil, que vem ganhando adesão de artistas e influenciadores nas redes sociais. Isso daria 3 pontos a mais para o petista no primeiro turno.

Proporção histórica de votos brancos e nulos e de abstenções

O desinteresse é um dos fatores que alguns especialistas apontam como possível influenciador no resultado das eleições. Em todas as eleições gerais realizadas no Brasil, a média de abstenções no primeiro turno fica em torno dos 18%.

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Quando o eleitor opta por não ir ou fica impossibilitado por algum motivo de votar ele acaba não interferindo nos votos gerais. Para vencer, um candidato precisa de 50% dos votos válidos, não da metade dos votos possíveis.

A proporção de votos brancos e nulos, que não são considerados na contagem geral, também tem mantido um nível similar nas últimas eleições, com exceção de 2018.

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