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Vitalik Buterin, criador da Ethereum, compartilha seus “arrependimentos” sobre a rede

02 set 2021, 10:16 - atualizado em 02 set 2021, 10:22
Desde o lançamento do supercomputador que é a rede Ethereum em 2015, Vitalik quis “comemorar” os seis anos de um dos mais importantes blockchains do setor cripto, respondendo a algumas curiosidades (e polêmicas) (Imagem: YouTube/Grand Amphi Théatre)

Em seis anos, a Ethereum passou de um projeto recém-lançado para uma plataforma global de liquidações que movimenta US$ 9 bilhões por dia — com aplicações que variam entre o setor de finanças descentralizadas (DeFi, na sigla em inglês) e o de tokens não fungíveis (NFTs).

EscolaCripto: a importância da rede Ethereum

Mas do que será que Vitalik Buterin, o cofundador da Ethereum, mais se arrepende?

“Toda a questão dos ‘8 cofundadores’ (e de tê-los escolhido rapidamente e sem discernimento)”, revelou ele em uma sessão de perguntas e respostas no Twitter.

Esses oito cofundadores incluem o próprio Buterin, técnico de poker Mihai Alisie, o empreendedor canadense Anthony Di Iorio, o programador Jeffrey Wilcke, o matemático Charles Hoskinson, Amir Chetrit (que estava trabalhando no Colored Coins), o CEO da SyNerG Music Joseph Lubin e o cientista da computação Gavin Wood — com base em seus empregos na época.

Agora, Hoskinson é o fundador da Cardano (ADA), que está implementando contratos autônomos este mês, enquanto Gavin Wood está desenvolvendo a Polkadot (DOT). Ambas as redes estão entre os dez principais blockchains por capitalização de mercado — quantidade de ativos em circulação.

Na época, houve um grande debate sobre a Ethereum ser uma empresa com fins lucrativos ou não. Foi quase apresentada como uma empresa, mas a documentação nunca foi assinada. O problema gerou divergências e até resultou na expulsão de Hoskinson do grupo.

“Coordenar pessoas em pequenos grupos é mais difíceis do que imaginei. Você não consegue fazer com que todos se sentem em um círculo, vejam a bondade inerente de cada um e se deem bem, principalmente quando existem enormes conflitos de incentivo em jogo”, acrescentou Buterin em resposta a uma pergunta parecida.

Outras questões

Em termos do design da própria Ethereum Virtual Machine (EVM) — sistema que define quais são as regras computacionais para a validação de blocos —, Buterin disse que foi uma ideia ruim implementar 256 bits, pois deveria ser “64 bits com um recurso de BigInt de tamanho arbitrário”.

Essa implementação se refere ao poder de processamento, já que sistemas de 64 bits são capazes de processar dados mais rapidamente.

Buterin especulou que, se ele não estivesse envolvido com cripto, provavelmente estaria trabalhando no desenvolvimento de um tipo de plataforma de rede social.

Ele também afirmou que continua sendo uma espécie de nômade digital, apesar de se movimentar mais lentamente agora, morando em locais diferentes por alguns meses.

“Sinto que minha longa permanência em Cingapura no ano passado me fez mudar um pouco. Foi interessante ficar sozinho e com meus próprios pensamentos pela primeira vez em quase uma década”, afirmou ele.

Elon Musk, CEO da Tesla (TSLATSLA34), também entrou na conversa, perguntando “o que é o amor?” — fazendo referência à música “What is Love?” do cantor Haddaway.

Buterin respondeu: “X AE A-12, don’t hurt me” — complementando o verso com “baby, não me magoe”, mas trocando “baby” pelo nome da filha de Musk.

Neste momento, ether (ETH), o segundo maior criptoativo do mercado, está sendo negociado a US$ 3,7 mil (ou R$ 19,3 mil).

(Imagem: TradingView)

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